Comemorando 40 anos de carreira, Jayme Periard volta aos palcos com “A Quebra”, em apresentação única no Teatro Colinas, em São José dos Campos, neste sábado (23), às 21h. Aclamado pela crítica, o espetáculo nos leva a conhecer e refletir sobre os inúmeros casos de abuso sexual contra menores na Igreja Católica.
Na trama, a partir de uma reportagem, um jornalista descobre uma rede de abusos sexuais em instituições católicas. Sua denúncia revela os sacerdotes abusadores, aqueles que os protegem e nos apresenta o relato sensível e sincero de uma das vítimas. Periard se reveza nos quatro personagens do espetáculo: o Cardeal, o Jornalista, o Padre e a Vítima. Revelando, através deles, o silêncio sobre esses crimes que ainda impera no Brasil.
Amplamente retratadas nos cinemas e em documentários, essa é a primeira vez que o tema é tratado no teatro. A direção, assinada pelo ator, ressalta a importância dos palcos nessa discussão. “Essas informações, minha origem e formação católica, e a grande luta do Papa Francisco contra esses abusos foram determinantes para a escolha do tema que queria encenar”, conta Periard.
Para a autora, Regiana Antonini, mais que entreter, a peça tem como papel fazer um alerta. “Que as pessoas acordem, despertem para esse assunto, principalmente, os pais que têm filhos pequenos. Que entendam que isso pode acontecer com qualquer criança. Então, a gente tem que escutar os nossos filhos, tem que prestar atenção no comportamento deles. Não pode achar que é tudo fantasia da cabeça deles, porque não é. Tem que ficar de olho mesmo. Tem que entender que isso pode acontecer, e que isso acontece.”, frisa.
Este é o primeiro monólogo de Periard. “Quando comecei a conceber ‘A Quebra’, esse formato se impôs e me trouxe grande estímulo. Tem sido uma experiência maravilhosa”, comenta ele, que coleciona sucessos na TV. Ela atuou em “A Gata Comeu” (1987), “Dona Beija” (Manchete, 1986), ‘Roda de Fogo” (Globo, 1986), “Xica da Silva” (Manchete, 1996), entre vários outros títulos.
“Comemorar 40 anos de carreira é uma felicidade imensa! Mais do que tudo, esse espetáculo é a comemoração dos encontros que tive durante toda essa trajetória. Tive o privilégio de ter vivido momentos áureos da TV brasileira e do teatro produzido a partir dos anos 1980. Foram 40 anos bem aproveitados, bem vividos e com personagens que me enriqueceram muito”, avalia.
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