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Produtor de eventos de São José dos Campos desabafa nas redes sociais

Leo Minas pede conscientização do setor em relação à política do ingresso vip.

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Produtor e DJ Leo Minas, de São José dos Campos, desabafa nas redes sociais sobre política da entrada vip. (Foto: Reprodução)

Um produtor de eventos de São José dos Campos usou as redes sociais para fazer um desabafo na tarde da última quarta-feira (5). Leo Minas, como é conhecido o produtor e DJ, falou da importância da conscientização dos organizadores de eventos no que se refere à política de ingressos vip (de graça) para shows e eventos.

“Venho fazer um desabafo sobre uma situação que está acabando com todo mundo que faz evento, que produz evento de verdade aqui na cidade, que é em relação ao vip. Há mais de uma semana a gente está vendo alguns produtores de eventos lançando promoções de shows gigantes com custos absurdos e liberando a galera de graça com “um milhão” de acompanhantes […]. Não tem o que fazer, é mais um desabafo mesmo, [quero] pedir para vocês valorizarem as empresas sérias que trabalham com isso aqui na cidade e na região”, iniciou Minas.

O produtor disse ainda que esse tipo de ação prejudica o setor e que tudo é muito caro e precisa de investimento.

“Tudo isso custa dinheiro para a gente. Por isso que a gente precisa que compre o ingresso. E se essa cultura de vip não acabar, muito provavelmente que os eventos cada vez mais vão ficar escassos, e a gente não vai ter produtores realizando eventos dessa maneira porque vai ser inviável. Hoje em dia, quem fala que ganha muito dinheiro fazendo eventos, está mentindo, quem fala que vende muito ingresso, está mentindo. Só os produtores sabem o quanto a gente ‘rala’ para vender 100, 200, 300 ingressos numa festa. E aí pega um evento de grande porte, que tem potencial para realmente vender ingressos e fazem esse tipo de coisa”, desabafa Minas.

Entenda o caso

Algumas empresas realizam eventos e aplicam a política da entrada vip, que funciona de diversas maneiras, como o mês do aniversário, por exemplo. Se a pessoa faz aniversário naquele mês, terá o direito de entrar de graça e ainda levar acompanhante. Na prática, é uma promoção que dá certo no que se refere ao número de pessoas presentes no evento. Mas, se o produtor não cobrou ingresso, como ele ganha dinheiro? A resposta é simples: no bar, com a venda de bebidas, uma estratégia que nem sempre dá certo.

Vale ressaltar que essa política da entrada vip é diferente de estratégia de divulgação, quando ocorrem sorteios em rádios para ouvintes, por exemplo.

Para o empresário e dono de casa de eventos, Vinicius Veneziani, esse costume é errado e prejudica os produtores que não adotam esse procedimento.

“Eu acho errado, porque acaba prejudicando a pessoa que comprou o convite. Essa pessoa que pagou pela entrada está sendo lesada. Você acaba colocando um monte de gente na festa que não pagou para estar naquele ambiente […] você acaba apostando e arriscando naquela pessoa que entrou de graça. É uma estratégia adotada por alguns produtores que eu considero totalmente equivocada. Acaba onerando a festa, ou seja, precisa aumentar o número de seguranças, bombeiros, às vezes até um número efetivo de funcionários sem ter a certeza se isso vai dar certo ou não, porque quando a pessoa não paga para entrar no evento, ela não tem compromisso nenhum de ir até o evento, então você fica totalmente rendido a essa quantidade de público”, disse Veneziani.

Outro ponto que o empresário destacou foi a quantidade de público, que adotando essa política da entrada vip, acaba não tendo esse controle.

“A pessoa começa a ter dificuldade para chegar ao bar [por causa da lotação], dificuldade para usar um banheiro, começa a se sentir insegura porque você não sabe quantas pessoas estão dispostas a irem gratuitamente ao evento. Acaba perdendo um volume de qualidade. Quando você adota essa política de liberar as pessoas gratuitas, você está educando seu público a não pagar mais o convite […] todos os produtores contam com a receita da venda do convite para poder pagar o artista, os seguranças, aluguel da casa, equipamento de som, etc. Sem a venda de convite você está assumindo um risco quase imensurável de liberar as pessoas vips sem ter essa receita garantida ”, finalizou.

 

Vinicius Veneziani é proprietário do Palácio Sunset em São José dos Campos. (Foto: Reprodução)

Veja o desabafo de Leo Minas através do link abaixo: 

https://www.instagram.com/reel/CqqtpJ1vUQI/?igshid=YmMyMTA2M2Y=

 

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