Quem nunca ficou até tarde da noite assistindo os programas de Amaury Jr., 73, na televisão em tempos que não voltam mais? Festas luxuosas, viagens, bastidores. Tudo era pauta para o programa de Amaury, que iniciou sua vida no jornalismo em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, na década de 1970. Mas foi no início da década de 1980 que ganhou expressão nacional quando apresentou o programa Flash na TV Bandeirantes. Desde então, até hoje foram inúmeras entrevistas e bastidores dos maiores eventos dentro e fora do Brasil. De Julio Iglesias, Sara Brightman, até Celine Dion. Ninguém passou despercebido pelo programa do apresentador.

Numa conversa com este jornalista, Amaury opinou sobre os novos rumos da comunicação.

“O que eu vejo é uma acomodação dos veículos. Eu acho que a televisão não vai se render a internet e vice-versa, vai haver uma adaptação, da mesma forma que as pessoas estão falando, nós estamos numa belíssima livraria, que o livro está condenado. O livro não está condenado, o livro no formato que ele é, no papel, sentir o cheiro, onde a gente sente a necessidade do manuseio, não vai acabar, vai haver sim uma acomodação e, tudo que é bom, vai perdurar, como o rádio perdurou diante da televisão”, disse o apresentador.

Colunismo social

Amaury falou também sobre sua especialidade, o colunismo social. Com o passar do tempo, muitas coisas mudaram, principalmente em tempos virtuais.

“Hoje com o advento da internet, com o Instagram, com os canais no YouTube, as celebridades hoje são donas das suas notícias antes da gente. Se uma pessoa, um cantor famoso tem uma notícia importante dele, ele vai postar, ele não vai entregar para nenhum de nós, jornalistas. Agora, tem uma diferença, a pessoa falar que ela é boa e nós dissermos que ela é boa, tem uma diferença transcendental, quer dizer, é o peso da opinião. Não é autobiografia, é a biografia não autorizada, como a gente faz a comparação”, disse.

“Se uma pessoa, um cantor famoso, tem uma notícia importante dele, ele vai postar, ele não vai entregar para nenhum de nós, jornalistas. Agora, tem uma diferença, a pessoa falar que ela é boa e nós dissermos que ela é boa, tem uma diferença transcendental, quer dizer, é o peso da opinião” (Amaury Jr.)

Tempos áureos

O apresentador contou que na atualidade as grandes festas deixaram de existir e que muitas regras desapareceram.

“Eu acho que desapareceu muita regra, a frescura acabou, os tempos áureos acabaram, as grandes festas acabaram, se contam nos dedos as grandes festas [são poucas], mas eu acho que também é uma questão de tempo, vamos aguardar que tudo possa voltar ao normal”, explicou.

“A frescura acabou, os tempos áureos acabaram, as grandes festas acabaram, se contam nos dedos as grandes festas [são poucas]” (Amaury Jr.)

Programa

Amaury Jr. já passou por diversas emissoras. No momento, apresenta seu programa na TV Cultura semanalmente toda sexta-feira às 23h.

“Estou ótimo, estou na TV Cultura fazendo a primeira parte do programa temática, estou fazendo até o próximo tema ‘as novas boas maneiras’, falando de transformação, de tudo que mudou, as boas maneiras mudaram também, elas foram alteradas e eu estou investigando, estou fazendo um programa temático sobre as novas boas maneiras. Na segunda parte do programa, eu continuo mostrando as minhas viagens, mostrando os eventos, fazendo entrevistas com personalidades e estou muito feliz. A TV Cultura é uma grande emissora”, finalizou.

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