Conhecidos por canções clássicas como “Dona”, “Espanhola”, “Sobradinho” e tantas outras ao longo de mais de 50 anos,  Sá e Guarabyra se apresentaram durante a Temporada de Inverno de Santo Antônio do Pinhal, no interior de São Paulo neste último sábado (6).

A coluna esteve na cidade e conversou com a dupla que disse que o show, intitulado “Mar e Sertão”, mostra a ambiguidade entre os cantores.

“O Guarabyra, da beira do São Francisco, do sertão de São Francisco, na Bahia, e eu carioca, da beira do mar, então, nós somos meio rio e meio mar. O show traz então músicas que versam sobre esse assunto, tanto assunto do litoral quanto o assunto fluvial também. Nós começamos nossa turnê desse show em junho, primeiro em São Paulo, a versão acústica do show e agora continuamos, levamos o show com a parte mais eletrônica, mais forte para percorrer algumas cidades de Minas e de São Paulo”, disse Sá.

Para Guarabyra, as canções da dupla fazem parte da vida de muitas pessoas.

“É comum [sobre a música] ‘Espanhola’, por exemplo, irem nos visitar nos camarins, depois do show, casais que dizem assim: ‘Puxa, nós começamos a namorar com essa música Espanhola’. É a coisa mais comum, gente até que se casou e colocou a música no casamento”, disse o cantor.

Novos talentos

Atualmente, diferente de outras gerações, a tecnologia revolucionou o mundo da música. Em um passado não muito distante, era possível ser cantor se cantasse realmente. Hoje, existe tecnologia que ajuda artistas a chegarem ao topo, mas isso não quer dizer necessariamente que são cantores com um grande talento vocal. Questionado sobre o assunto, Sá disse que nem sempre o artista consegue lidar com o real.

“Nesses supershows, na realidade, as pessoas nem sempre conseguem lidar com o real, porque é muito difícil às vezes para o artista está lá, dançando e coisa e tal, e cantando com aquele microfoninho na boca, às vezes perde o fôlego e tem que dublar mesmo”, disse o cantor que revelou nunca ter ouvido a cantora Pabllo Vittar, que recentemente fez uma participação no show da rainha do pop, Madonna, em passagem pelo Brasil.

“Não posso avaliar nem o que ele faz porque na realidade nunca ouvi” (Sá, sobre Pabllo Vittar)

“Nunca vi um show do Pabllo Vittar. Não posso avaliar nem o que ele faz porque na realidade nunca ouvi. Eu acho que tudo é válido. Se a opção da pessoa é fazer esse tipo de espetáculo, tudo bem também. A nossa opção é essa, a opção dele é assim, tudo circula ali pela área do entretenimento […] tudo é válido desde que seja bom, desde que não seja uma coisa mequetrefe, feita de qualquer jeito, aí é triste”, concluiu.

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