Um dos atores de maior sucesso atualmente, Amaury Lorenzo, que completou 40 anos no último dia 15 de dezembro, comemora a conquista do personagem ‘Chico’ da novela ‘Volta por Cima’, da TV Globo. Ele conversou com este colunista no Rio de Janeiro e falou sobre esse momento.
“Tô muito feliz, graças à Deus fazendo um segundo trabalho [na Globo], ‘Volta por Cima’, fazendo o Chico, que é totalmente diferente do Ramiro [personagem de Lorenzo em ‘Terra e Paixão’]. Chico é um cara carioca, Ramiro é um cara mais interiorano”, disse o ator.
Lorenzo, que trabalha muito, está com a agenda cheia. Além da televisão, ele explora o teatro também e deve percorrer o Brasil em 2025 com um monólogo sobre o escultor mineiro Aleijadinho, além de outros projetos.
“Ano que vem tenho um projeto novo, eu vou fazer um monólogo sobre Aleijadinho, que é da minha terra também [Amaury é mineiro], vou para São Paulo com [o espetáculo] ‘A Luta’, vou gravar um programa de TV para o ano que vem, então a gente não para, eu sou um homem do trabalho, gosto de trabalhar”, contou o ator.
“Durante muito tempo eu ia fazer uma conta no banco e o gerente dizia assim: ‘tá, você diz que é ator, mas qual sua profissão de verdade?'” (Amaury Lorenzo)
O artista é um grande defensor de sua classe e expõe a precariedade do meio artístico frente aos desafios que a profissão impõe.
“É importante que a gente fale como os artistas nesse país são sucateados, tem-se um consciente coletivo de preconceito sobre quando nós decidimos sermos artistas. Durante muito tempo eu ia fazer uma conta no banco e o gerente dizia assim: ‘tá, você diz que é ator, mas qual sua profissão de verdade?’. Então assim, a gente tem essa problemática no país, abertamente eu falo, isso é filosofia ancestral, quando você conta sua história, você está falando para outras pessoas também e ajudando que essas pessoas se empolguem e sigam na luta”, revela.

Amaury admite que tem uma história pesada [segundo o ator, chegou a passar até fome, além de preconceitos], mas que superou os obstáculos.
“É uma história pesada a minha, como de muitos brasileiros, mas a gente levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”, concluiu.
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