Christiane Torloni (67) é uma das grandes atrizes brasileiras com inúmeros trabalhos de sucesso ao longo da carreira. Um desses trabalhos foi a novela “A Viagem”, de Ivani Ribeiro, originalmente exibida em 1975 pela Rede Tupi e que ganhou um remake em 1994 na TV Globo. Torloni interpretou a protagonista Diná. A novela aborda vida após a morte.
Em um bate-papo com este colunista, Christiane Torloni falou da importância da obra.
“Essa novela tem uma mensagem que não é só do divertimento, ela é do consolo. Era uma ferramenta para vários propósitos mas eu não sabia que tinha essa possibilidade, de ser uma grande ferramenta de consolo para as pessoas”, iniciou.
A atriz contou que com a novela, teve um outro olhar sobre várias situações da vida.
“Eu entendi muito das crianças que estão nos orfanatos, das pessoas que estão nos asilos, dos velhinhos que estão em casa sozinhos. Então, o retorno que nós tivemos foi muito mais humano do que nós imaginávamos. Nesse sentido, ela é uma obra que guarda uma característica única”, disse.
“Era uma ferramenta para vários propósitos mas eu não sabia que tinha essa possibilidade, de ser uma grande ferramenta de consolo para as pessoas” (Christiane Torloni sobre novela A Viagem)
A atriz acredita que sempre que algo ruim acontece, como a tragédia do Rio Grande do Sul, a novela é reprisada, o que traz, de uma certa maneira, segundo ela, um consolo para quem vive um momento de luto.
“Quando a barra está muito barra pesada, eles reprisam essa novela. Parece que é um antídodo contra o desespero, o índice de suicídio fora da curva, tem um significado. Essa tragédia que aconteceu lá no Rio Grande do Sul, já era esperado 30 anos de ‘A Viagem’ ser reprisado, mas que foi num momento que as pessoas estavam precisando muito serem consoladas, não há a menor dúvida”, explicou.
NA MODA DOS REMAKES
Christiane Torloni participou de dois remakes, entre eles, ‘A Gata Comeu’ e ‘A Viagem’. Para ela, é interessante a ideia do remake, mas com cautela.
“Tem a ver com a questão de contexto, você tem novelas que foram feitas tantos anos atrás numa empresa que nem existia a possibilidade de você ter as reprises. Acho que hoje em dia você tem tanta possibilidade de ter o Vale a Pena Ver De Novo e com elencos que você não forma mais. É interessante desencavar coisas que ficaram lá realmente perdidas e que são jóias. Se não, é você fazer uma obra que foi jóia e criar uma situação de comparação que não vale a pena”, finalizou.
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